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Travis Scott fecha 1º dia do Rock in Rio e domina plateia com show 'caótico' e atrasado

Rapper convidou três pessoas para participarem do show. Apresentação começou com 40 minutos de atraso por problemas com os telões. Leia crítica do g1. Tra...

Travis Scott fecha 1º dia do Rock in Rio e domina plateia com show 'caótico' e atrasado
Travis Scott fecha 1º dia do Rock in Rio e domina plateia com show 'caótico' e atrasado (Foto: Reprodução)

Rapper convidou três pessoas para participarem do show. Apresentação começou com 40 minutos de atraso por problemas com os telões. Leia crítica do g1. Travis Scott chama fãs ao palco durante show no Rock in Rio Travis Scott fechou o primeiro dia de Rock in Rio, uma sexta-feira dominada pelo trap, sub estilo do rap que vai muito bem nas paradas, e chamou três fãs ao Palco Mundo. Mesmo começando com 40 minutos de atraso, o show foi o auge de uma noite de batidas graves, vozes distorcidas e letras sobre os vários prazeres da vida. Ao som de beats psicodélicos e pesados, Travis versa sobre o caos e provoca o caos. Poucos rappers em atividade têm esse poder de fazer um monte de gente se esgoelar, pular o mais alto que pode ou se jogar em rodas com tanta intensidade. O americano de 33 anos deixou claro que tem fãs muito, muito dedicados. O público, na maioria jovens adultos, sabia o que esperar e não se decepcionou. É preciso fazer uma ressalva, porém: a plateia se dividiu entre um grupo empolgadíssimo no miolo e uma parte mais contemplativa nas bordas. Travis não fala tanto entre as músicas, mas deu um recado logo no início. “Estou triste, porque algumas pessoas da minha produção ferraram os meus telões lá de trás”, explicou, acrescentando que amava o Rio e ia compensar o público pelo problema técnico. Os três felizardos foram convocados antes de "SDP Interlude" e participaram da apresentação também em "Type shit" e "Nightcrawler". Ao subirem ao palco, se juntaram a Scott e o quarteto se abraçou. Travis Scott convida fãs para palco no Rock in Rio 2024 Reprodução/Globoplay O Foi mais para o fim que o bicho pegou. A partir de “FE!N”, tocada cinco vezes na sequência, a plateia virou um enorme tumulto. Quem estava em um canto, de repente se via dentro de uma rodinha de fãs. Sem tanto empurra-empurra, “Sicko mode” e “Goosebumps” foram trilhas para um karaokê de trap, com muitos celulares para o alto gravando vídeos horríveis que em breve estarão disponíveis por aí. O show no Rock in Rio pouco fugiu do setlist apresentado em São Paulo, na quarta-feira (11). Como de praxe, é o álbum mais recente, "Utopia" (2023), que dá forma à turnê “Circus Maximus”. Jacques Bermon Webster II, nome real dele, dominou a plateia. Em seu segundo festival no Brasil, após o Primavera Sound em 2022, o rapper trouxe para a Cidade do Rock um cenário cravejado de pedras e destroços. Os figurinos se inspiraram em uniformes do futebol americano e do hóquei, mas com um quê de armadura de guerra. Foi a roupa perfeita para enfrentar o mundo pós-apocalíptico que inspira a atual era de Travis. No fundo, um mega telão ajudava a amplificar esse cenário distópico apresentado pelo rapper. O setlist foi quase todo acelerado, mas houve também momentos mais lentos e românticos, como nos primeiros versos de “My Eyes”. Em “I know”, os fãs ficaram quase calados, apenas apreciando uma das partes vocais mais viajadas do show. Aplaudiam em uma das pausas feitas por ele, como acontece no fim de um solo de um show de jazz. Travis Scott se apresenta no Rock in Rio 2024 Stephanie Rodrigues/g1